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Lula defende o Brasil “de cabeça erguida” e critica medidas protecionistas dos EUA


Durante visita à Malásia, presidente reafirma defesa do comércio justo e denuncia novamente o genocídio em Gaza

Putrajaya, 25/10/2025 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante declaração conjunta à imprensa, na Residência do Primeiro-Ministro da Malásia, Anwar Ibrahim. Foto: Ricardo Stuckert/PR




O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (25), em Kuala Lumpur, na Malásia, que o Brasil participa “de cabeça erguida” das negociações internacionais e não aceitará ser tratado como país de segunda categoria nas relações comerciais. Em discurso durante a cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), Lula criticou as medidas protecionistas dos Estados Unidos e defendeu uma nova ordem econômica global baseada na justiça, na igualdade e na solidariedade entre as nações.

Crítica às tarifas e ao protecionismo

Lula voltou a criticar as tarifas impostas por Washington sobre produtos brasileiros, classificando-as como “um retrocesso que fere o espírito do livre comércio”. O presidente afirmou que “não há justificativa técnica nem moral para barreiras econômicas que punem países em desenvolvimento” e pediu um esforço internacional para eliminar práticas comerciais desiguais.

Brasil busca comércio justo e equilibrado

Segundo o mandatário, o Brasil seguirá defendendo a cooperação entre países do Sul Global, priorizando acordos que promovam o desenvolvimento sustentável. “Queremos um comércio que seja justo, solidário e equilibrado, que não privilegie apenas os ricos, mas ofereça oportunidades a todos”, destacou Lula.

Repercussão positiva entre países asiáticos

O discurso do presidente foi bem recebido por representantes da Indonésia, Vietnã e Filipinas, que também enfrentam medidas protecionistas impostas por grandes economias. Autoridades locais destacaram a importância do Brasil como mediador nas discussões sobre comércio internacional e sustentabilidade.

Lula volta a denunciar o genocídio em Gaza

Durante sua fala, Lula também fez duras críticas à violência contra civis na Faixa de Gaza, pedindo o fim imediato dos ataques e responsabilização internacional pelos crimes cometidos. “O mundo não pode naturalizar o genocídio do povo palestino”, afirmou o presidente, sendo aplaudido por parte da plateia diplomática presente.

Posicionamento humanitário e diplomático

O governo brasileiro mantém posição firme em defesa dos direitos humanos e do diálogo multilateral. De acordo com nota do Itamaraty, a fala de Lula reflete “o compromisso do Brasil com a paz e a justiça global”.

Economia e diplomacia andam juntas

Analistas avaliam que a estratégia de Lula combina diplomacia econômica e ativismo internacional. O economista Carlos Honorato, da FGV, explica que “ao denunciar práticas injustas e defender causas humanitárias, o Brasil se posiciona como voz independente e confiável no cenário global”.

Desdobramentos esperados

A fala de Lula deve influenciar as negociações bilaterais com os Estados Unidos e fortalecer o apoio do Brasil em fóruns internacionais. Especialistas acreditam que o discurso pode ampliar parcerias com países asiáticos e consolidar o papel brasileiro como liderança moral e diplomática.

Fontes: BBC Brasil, Itamaraty, FGV, O Globo.


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