Declaração antecedeu encontro entre Lula e Trump e foi interpretada como gesto político de aproximação diplomática
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O secretário de Estado adjunto dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmou neste sábado (25) que o governo norte-americano estuda mecanismos para “superar restrições diplomáticas e jurídicas” aplicadas a autoridades brasileiras durante o período de tensão institucional vivido em 2023. A declaração foi dada horas antes do encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente Donald Trump, realizado neste domingo (26) em Kuala Lumpur, na Malásia.
Revisão de medidas
Segundo Rubio, o Departamento de Estado analisa a possibilidade de revisar as sanções estabelecidas sob a Lei Magnitsky, que atingiram magistrados e membros do Supremo Tribunal Federal (STF) durante o auge das investigações sobre ataques à democracia. “Queremos garantir que medidas de política externa não interfiram no funcionamento legítimo das instituições brasileiras”, disse o secretário.
Gesto diplomático antecipado
A fala de Rubio foi vista por diplomatas como um sinal de distensão antes da reunião entre Lula e Trump. Fontes ouvidas pela BBC Brasil afirmaram que a Casa Branca busca restabelecer a confiança mútua após divergências geradas por sanções simbólicas aplicadas a autoridades do Judiciário brasileiro.
Repercussão no STF
Integrantes do STF receberam a notícia com cautela, mas reconheceram a importância do gesto. “Qualquer revisão é positiva se vier acompanhada de respeito à soberania e à independência do Judiciário”, afirmou um ministro sob reserva. O Itamaraty também avaliou a declaração como um passo importante para normalizar o diálogo bilateral.
Avaliação política
Analistas em Washington interpretaram a iniciativa como uma tentativa de alinhar a política externa dos EUA à nova conjuntura política brasileira. “Os Estados Unidos buscam manter o Brasil como parceiro estratégico nas Américas e reduzir ruídos diplomáticos”, avaliou o pesquisador Robert Nunes, da FGV.
Expectativas para o encontro
O encontro entre Lula e Trump tratou, entre outros temas, de comércio, meio ambiente e cooperação institucional. A expectativa é de que a revisão das sanções seja formalmente discutida em reuniões técnicas nas próximas semanas.
Fontes: BBC Brasil, Departamento de Estado dos EUA, STF, FGV.
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