Senador da Bahia defende repetição da aliança e sugere Simone Tebet como vice caso Alckmin dispute em São Paulo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (esq.) e o vice, Geraldo Alckmin (dir.)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (esq.) e o vice, Geraldo Alckmin (dir.)
Brasília (DF), 22 de outubro de 2025 — O senador Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado, declarou nesta quarta-feira que defende a reedição da chapa formada por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSB) nas eleições presidenciais de 2026, mas admitiu a hipótese da ministra Simone Tebet (MDB) assumir a vice-presidência caso Alckmin opte por concorrer a cargo em São Paulo.
Motivação da defesa da chapa
Durante almoço com empresários em Brasília, promovido pelo grupo Esfera Brasil, Wagner afirmou que “minha opinião é manter a chapa vitoriosa, com Alckmin na vice. Temos que montar o time para enfrentar o adversário que vier”. O senador ressaltou que o histórico da aliança vencedora em 2022 representa uma base sólida para ampliar o projeto de governo.
O papel de Simone Tebet
Questionado sobre a possibilidade de Simone Tebet compor a chapa, Wagner afirmou que “seria bastante positivo. A chapa com Tebet abre diálogo com segmentos importantes”. Ele explicou que a presença da ministra poderia ampliar o apelo eleitoral em estados-chave e segmentos da sociedade ainda não plenamente engajados.
Alckmin e seus planos em São Paulo
A despeito das especulações, Alckmin reforçou recentemente que “o governo de São Paulo não está em cogitação” e que está “muito feliz” como vice-presidente. No entanto, o cenário político em São Paulo já movimenta articulações que poderiam levar o PSB a disputar o Palácio dos Bandeirantes, o que abriria espaço para Tebet ou outro nome na vice.
Contexto baiano e nacional
Wagner, que foi governador da Bahia por dois mandatos antes de se eleger senador, fala tanto como liderança regional quanto nacional. A Bahia, seu estado de origem, ganha destaque nesta articulação política, pois reforça a capacidade de mobilização da base petista nordestina em prol de 2026.
Saúde de Lula e narrativa de continuidade
Na ocasião, Wagner também destacou que Lula mantém “muito boa saúde” às vésperas de completar 80 anos, afastando temores sobre sua viabilidade eleitoral em 2026. A mensagem foi clara: a campanha será de continuidade e ampliação do que foi construído até agora.
Repercussão e reações
Analistas políticos avaliam que o anúncio fortalece a tática de antecipação da campanha de 2026 e joga pressão sobre potenciais adversários. Por outro lado, opositores apontam risco de concentrar candidaturas e reduzir o espaço para renovação. Em estados como a Bahia, a repercussão é significativa por envolver um dos palcos centrais da política nacional.
Impactos para 2026
Se confirmada a repetição da chapa Lula-Alckmin, com possível ingresso de Simone Tebet como vice, o governo pretende sustentar a narrativa de estabilidade, experiência e governabilidade. Para o eleitorado da Bahia e do Nordeste, isso pode consolidar a presença da região no núcleo de poder. Ao mesmo tempo, abre-se arena para disputa estadual acelerada, já que articulações nacionais afetam as alianças locais.
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