Ministros do STF avaliam que aproximação diplomática reduz pressão internacional e enfraquece discurso de perseguição
REPRODUÇÃO: BVO

O encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente norte-americano Donald Trump, neste domingo (26), em Kuala Lumpur, abriu uma nova fase nas relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos. Segundo ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), a reunião também teve efeitos políticos internos, ao enfraquecer o protagonismo de Eduardo Bolsonaro e reabrir discussões sobre a possível revogação de dispositivos da chamada Lei Magnitsky, usada por Washington para sancionar autoridades estrangeiras.
Diálogo diplomático e reaproximação
Fontes ouvidas pela Reuters afirmam que Lula e Trump trataram de temas sensíveis ligados ao sistema de Justiça brasileiro, com ênfase na estabilidade institucional e na cooperação jurídica. O gesto foi visto por integrantes da Corte como um sinal de respeito mútuo e de tentativa de reconstrução do canal diplomático abalado nos últimos anos.
Lei Magnitsky sob revisão
Nos bastidores, ministros do STF avaliam que a aproximação entre Brasil e Estados Unidos cria condições para uma revisão das sanções impostas sob a Lei Magnitsky, aprovada em 2012 e aplicada contra indivíduos acusados de violações de direitos humanos ou corrupção. O entendimento é de que a medida foi politizada durante o governo anterior e poderá ser reavaliada em novos termos.
Eduardo Bolsonaro perde espaço
Com a diplomacia voltando ao centro do debate, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) perde influência nas articulações externas. Segundo fontes políticas, os Estados Unidos demonstram pouco interesse em apoiar pautas de anistia ou reabilitação política de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Percepção no Supremo
Entre os ministros do STF, a leitura predominante é de que o encontro Lula-Trump “tirou o tema da condenação de Bolsonaro do foco imediato”. A prioridade, agora, é o fortalecimento da imagem institucional da Justiça brasileira e a retomada do diálogo diplomático de alto nível.
Estabilidade política e institucional
Analistas de relações internacionais afirmam que o gesto político dos dois presidentes contribui para estabilizar o cenário interno e reduzir a polarização. “A diplomacia volta a prevalecer sobre o confronto ideológico”, destacou o cientista político Ricardo Lins, da FGV.
Fontes: Reuters, BBC Brasil, STF, FGV.
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