Presidente brasileiro busca acordo sobre tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos a produtos nacionais
Foto: Ricardo Stuckert / PR
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (25), em Kuala Lumpur, na Malásia, que “colocará os problemas na mesa” durante o aguardado encontro com o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, previsto para o próximo final de semana. A reunião acontece em meio às tensões comerciais entre os dois países, após Washington impor tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros, afetando principalmente o setor do aço e do agronegócio.
Tarifas afetam exportações e preocupam indústria nacional
As tarifas impostas pelos Estados Unidos têm impactado diretamente a competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional. Segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), as exportações de aço e alumínio para o mercado norte-americano caíram mais de 30% desde a adoção das novas medidas protecionistas em 2024.
Lula defende diálogo direto e relações de respeito
“Eu não vou dar lições a Trump, e espero tratamento recíproco”, afirmou Lula, destacando que o encontro deve priorizar o diálogo e o respeito mútuo. O presidente também ressaltou que o Brasil busca retomar uma política externa baseada na cooperação econômica e na construção de pontes diplomáticas.
Reação do setor empresarial brasileiro
Empresários brasileiros acompanham com atenção o resultado do encontro. O presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, disse que “a expectativa é que o diálogo resulte na redução das barreiras comerciais e na recuperação da confiança entre os países”.
Especialistas veem tentativa de reposicionar o Brasil
Para analistas, o movimento de Lula sinaliza uma tentativa de reposicionar o Brasil no cenário global. Segundo o economista André Perfeito, “essa reunião representa mais do que uma negociação comercial; é um gesto político que busca reaproximar Brasília de Washington e evitar o isolamento econômico”.
Agenda também inclui temas ambientais e tecnológicos
Além das tarifas, a agenda bilateral deve incluir discussões sobre cooperação ambiental e transição energética. O Brasil busca parcerias para desenvolvimento de biocombustíveis e energia limpa, áreas de interesse estratégico para ambos os países.
Pressão interna e expectativas diplomáticas
No Brasil, a equipe econômica vê o encontro como uma oportunidade crucial para destravar acordos comerciais travados desde 2020. Fontes do Itamaraty afirmam que há “expectativa de avanços reais, ainda que graduais”.
Impactos esperados para o público brasileiro
Um eventual acordo pode reduzir custos de exportação, gerar empregos e fortalecer a imagem do Brasil como parceiro estratégico no comércio internacional. Caso contrário, as tarifas continuarão pesando no bolso dos produtores e limitando o crescimento econômico do país.
Fontes: BBC Brasil, Folha de S.Paulo, CNI.
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