Presidente dos EUA avalia ações navais e em solo contra supostas rotas de cocaína e instalações estratégicas na Venezuela
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante fala sobre cartéis em 23 de outubro de 2025 — Foto: REUTERS/Jonathan Ernst
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não descartou a possibilidade de realizar ataques diretos contra o território venezuelano, segundo fontes do Departamento de Defesa citadas nesta sexta-feira (25) pela agência Reuters. A operação estaria relacionada a uma suposta ofensiva contra rotas de tráfico de cocaína e instalações militares suspeitas, em meio à intensificação das tensões entre Washington e Caracas.
Investigações apontam vigilância militar próxima
De acordo com o Pentágono, as forças armadas norte-americanas monitoram há semanas movimentações em áreas estratégicas da Venezuela. Fontes indicam que Trump teria solicitado um “plano de ação preventiva”, incluindo ataques navais de precisão e operações limitadas em solo, com o objetivo declarado de desmantelar redes de narcotráfico ligadas ao regime de Nicolás Maduro.
Escalada nas tensões diplomáticas
A possível operação reacende o clima de hostilidade entre os dois países. O governo venezuelano classificou as informações como “agressão imperialista” e prometeu reagir em caso de violação territorial. “Qualquer ataque dos Estados Unidos será considerado uma declaração de guerra”, afirmou o ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, em pronunciamento em Caracas.
Justificativa americana: combate ao narcotráfico
Em comunicado, a Casa Branca afirmou que “todas as opções estão sobre a mesa” para combater o tráfico de drogas que, segundo o governo americano, utiliza portos e aeroportos venezuelanos como ponto de escoamento. Trump teria recebido relatórios da DEA e do Departamento de Estado apontando aumento de rotas ilícitas na região.
Maduro acusa os EUA de fabricar pretextos
O presidente venezuelano Nicolás Maduro reagiu com veemência, acusando Washington de “fabricar narrativas para justificar uma invasão”. Em transmissão pela TV estatal, Maduro disse que o país “não é colônia nem base militar estrangeira” e denunciou a movimentação de navios norte-americanos próximos à costa caribenha.
Aliados regionais pedem moderação
O governo do Brasil e outros países latino-americanos, como Colômbia e México, pediram calma e diálogo diplomático. O Itamaraty divulgou nota defendendo “soluções pacíficas e respeito à soberania dos povos”.
Análise internacional
Especialistas em segurança veem o gesto de Trump como tentativa de reforçar sua imagem de força em política externa. “É um movimento político com risco elevado, pois pode gerar instabilidade regional”, avalia o analista Robert Kaplan, do Foreign Policy Institute.
Impactos e riscos geopolíticos
Uma ação militar direta poderia agravar a crise humanitária na Venezuela e provocar deslocamento em massa de civis para países vizinhos. Organizações internacionais alertam que a região não está preparada para lidar com um novo conflito armado.
Fontes: Reuters, BBC Brasil, Foreign Policy, Itamaraty.
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