Deputado revela decisão calculada e reacende debate sobre risco judicial para aliados do bolsonarismo
(Marcos Oliveira/Agência Senado)
O deputado Ramagem, em entrevista exclusiva à Revista Timeline, admitiu que abandonou o Brasil por temer prisão, alegando ambiente de perseguição injusta e monitoramento constante. Sua saída, segundo o parlamentar, foi motivada pela “sobrevivência política”, uma vez que via as operações do STF se intensificarem e seus próprios passos serem vigiados.
Analistas em direito parlamentar classificam o momento como pico de tensão entre Legislativo e Judiciário, quando o medo de ser alvo de ações judiciais leva políticos a antecipar fuga e buscar refúgio no exterior, criando novo paradigma para atuação de opositores após Bolsonaro.
O ato reacendeu o debate nacional sobre garantias constitucionais, abuso de autoridade e direito à defesa parlamentar, com grupos divergentes questionando se a fuga é ato legítimo de preservação ou estratégia para evitar responsabilização.
Aliados de Ramagem justificam a decisão como única forma de manter integridade física e liberdade de expressão, enquanto críticos acusam calculismo para escapar de investigações que caminham para bloqueio de privilégios.
Entidades progressistas exigem que a movimentação não gere impunidade e cobram que investigações prossigam normalmente, blindando instituições contra tentativas de driblar a responsabilidade.
A imprensa observa que o caso Ramagem pode inaugurar nova tendência entre parlamentares ameaçados, elevando o debate sobre regras de extradição e proteção constitucional.
O episódio ilustra como a crise bolsonarista repercute além dos envolvidos diretos, atingindo todo o ecossistema político aliado e forçando rearranjos na dinâmica do Congresso.
Fontes: Revista Timeline, Folha, Brasil 247, Câmara
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