Discurso instável evidencia dificuldade de sustentar narrativa bolsonarista e acirra crise interna
Iagem: Hugo Barreto e Igo Estrela/Metrópoles
A disputa de versões entre deputados Nikolas Ferreira e Bia Kicis sobre a violação da tornozeleira de Bolsonaro gerou perplexidade política e expôs a volatilidade do discurso bolsonarista. No início, ambos sustentaram a tese de surto emocional, atribuindo ato ao desgaste psicológico do ex-presidente. Pouco depois, mudaram o argumento para protesto legítimo contra suposto excesso de controle judicial, criando dúvida sobre a verdadeira motivação.
Essa alternância evidencia fragilidade interna e a dificuldade de alinhar discurso para sensibilizar ministros do Supremo e influenciar opinião pública. Comunicadores políticos apontam que o grupo oscila entre vitimização e legitimidade, confundindo até mesmo os próprios apoiadores, que cobram coerência numa crise tão intensa e controversa.
O caso repercutiu amplamente, com opositores destacando a manipulação narrativa e a incapacidade de manter defesa sólida diante dos fatos. Parlamentares progressistas pedem investigação por obstrução de justiça, enquanto bolsonaristas mais radicais mantêm discurso de protesto deliberado.
A imprensa capturou o clima de instabilidade, sugerindo que a inconsistência nas versões pode fragilizar ainda mais estratégias jurídicas do grupo, comprometendo ações futuras na defesa de Bolsonaro.
Especialistas em estratégias judiciais sustentam que versões cambiantes só ampliam dúvidas e podem ser usadas contra os próprios réus em sentenças do Supremo, sinalizando risco de condenação por obstrução e desrespeito institucional.
O episódio reforça a instabilidade do ambiente político e destaca os limites das tentativas de distorcer ou suavizar infrações claras diante das autoridades.
Fontes: Brasil 247, G1, Câmara dos Deputados, Rede Sociais
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