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Bolsonaro confessa à PF ter violado a tornozeleira: “Meti um ferro quente”


Ex-presidente admite sabotagem da tornozeleira eletrônica e afronta decisões judiciais, agravando sua situação diante da Justiça e intensificando o clima de indignação nacional.
IMAGEM: REPRODUÇÃO

O ex-presidente Jair Bolsonaro surpreendeu investigadores ao confessar, durante depoimento na sede da Polícia Federal, que violou voluntariamente a tornozeleira eletrônica imposta por ordem judicial do Supremo Tribunal Federal. “Meti um ferro quente”, admitiu, indicando ação deliberada para inutilizar o equipamento de monitoramento, em mais uma afronta direta às decisões do Judiciário. A declaração estremeceu as redes sociais e alimentou o debate sobre a conduta de um ex-mandatário diante da lei, reforçando a sensação de que não há mais espaço para privilégios de cargo diante da justiça brasileira.



Segundo relato dos agentes da PF presentes na oitiva, Bolsonaro detalhou a operação caseira para romper o dispositivo, agindo durante a madrugada e ignorando alertas do sistema de monitoramento. A confissão foi formalizada em documento oficial, entregue ao delegado responsável, tornando impossível qualquer tentativa de minimizar o episódio como falha técnica. O ato trouxe novo peso à acusação de obstrução de justiça e aumentou pressões para ampliação de restrições, inclusive sua transferência imediata para unidade prisional fechada.

Especialistas em direito penal e execução judicial analisam que a admissão da sabotagem agrava fortemente a condição do réu, abrindo precedente para punições ainda mais duras. A postura de Bolsonaro acende discussões sobre o risco de flexibilização para autoridades e a necessidade de atuação rigorosa do Estado em casos de descumprimento deliberado de medidas cautelares. O episódio ressalta o avanço institucional na aplicação da lei, mesmo contra figuras políticas de alto escalão.

Parlamentares da base governista rapidamente condenaram o comportamento, chamando de atentado à justiça e ao Estado democrático. Já aliados do ex-presidente buscaram justificar o ato como “rebeldia diante da perseguição”, mas juristas apontam que não há argumento plausível quando se trata do cumprimento de determinações judiciais. A confissão, categórica e sem arrependimentos, tornou o caso emblemático para a história da busca por igualdade perante a lei.

A repercussão entre movimentos sociais foi imediata, com líderes de entidades da sociedade civil pedindo endurecimento das penas e condenação exemplar. Para muitos, o episódio fecha um ciclo de afrontas e sinaliza que as instituições brasileiras não cedem ao deboche daqueles que tentam escapar da responsabilidade. Nas redes, o termo “ferro quente” virou símbolo do escárnio e da indignação do país com a arrogância de lideranças desacreditadas.

O Ministério da Justiça divulgou nota oficial confirmando que todas medidas necessárias para garantir segurança e integridade do monitoramento serão intensificadas. A Polícia Federal anunciou nova perícia técnica no equipamento, além do reforço na custódia do ex-presidente, enquanto o Supremo Tribunal Federal estuda decretar agravamento da prisão preventiva.

O gabinete de Bolsonaro procurou minimizar o alcance da confissão, afirmando que o ex-presidente segue à disposição da justiça e cooperando plenamente com as investigações. No entanto, assessores próximos reconhecem, nos bastidores, que a declaração “meti um ferro quente” dificultou qualquer estratégia de defesa pautada em erros acidentais ou falhas técnicas do dispositivo.

O caso deve repercutir fortemente nos próximos julgamentos, estabelecendo exemplo de intolerância à violação das regras e consolidando o princípio de responsabilidade judicial irrestrita. A imagem do ex-presidente, mais uma vez, se distancia do papel de líder nacional e reforça o legado controverso de desrespeito às leis, que tanto marcaram sua trajetória política.

Fontes: Agência Brasil, G1, Brasil 247, Folha de S.Paulo, Polícia Federal

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