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Lira dispara crítica contra Hugo Motta: “está uma esculhambação”


Ex-presidente da Câmara vocaliza insatisfação com sucessor e amplia desgaste interno na Casa
Hugo Motta e Arthur Lira — Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo

ArthurLira,HugoMotta,CríticasPúblicas,Esculhambação, O ex-presidente da Câmara Arthur Lira fez duras críticas ao atual comando da Casa, afirmando que a situação “está uma esculhambação”, em referência à gestão de Hugo Motta. A frase, dita em conversa com deputados e vazada à imprensa, rapidamente ganhou repercussão e foi lida como síntese de um sentimento que já circulava nos bastidores: o de que o sucessor não conseguiu organizar a pauta, conter crises em plenário e manter a previsibilidade nas votações. Vindo de quem exerceu o cargo com mão firme, o comentário ampliou o constrangimento.

BastidoresCâmara,Desorganização,PautasTravadas, Parlamentares relatam que sessões têm sido marcadas por mudanças de pauta de última hora, acordos rompidos e dificuldade em manter quórum em votações importantes. Esse cenário resulta em adiamentos sucessivos e no acúmulo de projetos sensíveis, como propostas penais, econômicas e de costumes. Deputados de diferentes siglas descrevem sensação de “navegação sem rota”, na qual interesses de grupos pontuais acabam prevalecendo sobre um planejamento minimamente estruturado.

ComparaçãoGestões,Liderança,EstiloContraste, A comparação com o período de Lira, conhecido por centralizar decisões e impor ritmo acelerado de votação, é inevitável. Embora alvo de críticas por concentração de poder, o ex-presidente era visto como alguém que conseguia entregar agendas combinadas com o Executivo e com o Centrão. Já Motta, segundo relatos, enfrenta resistência para comandar bancadas fragmentadas, sem conseguir construir a mesma autoridade informal. A crítica de Lira, nesse contexto, reforça a leitura de que o atual comando ainda não encontrou seu lugar.

ReaçãoMotta,Aliados,DefesaPública, Próximo a Hugo Motta, aliados tentam minimizar o impacto das declarações, afirmando que o presidente enfrenta um cenário mais polarizado e um Congresso pressionado por crises sucessivas. Afirmam ainda que ajustes na condução de votações já estariam em curso, com reuniões mais frequentes com líderes e tentativa de reduzir alterações repentinas na pauta. Até o momento, contudo, Motta optou por não confrontar diretamente Lira em público, evitando transformar o atrito em guerra aberta.

Centrão,RachaInterno,DisputaInfluência, As críticas também expõem disputas internas no próprio Centrão, que continua sendo o bloco mais influente da Câmara. Lira, apesar de não estar mais na presidência, segue com forte rede de aliados e influencia escolhas de relatorias e prioridades. A percepção de que o grupo perdeu coesão após a troca de comando é alimentada por votações em que parte do bloco se descola do governo e outra parte se aproxima do Planalto.

GovernoFederal,Preocupação,AgendaLegislativa, No governo, a leitura é ambivalente. De um lado, a fragilidade do comando da Câmara dificulta a construção de maiorias estáveis para projetos estratégicos; de outro, abre espaço para que o Planalto negocie diretamente com diferentes lideranças, sem depender de um único interlocutor dominante. Ainda assim, o Planalto acompanha com preocupação o acúmulo de pendências legislativas e o risco de que conflitos internos no Legislativo contaminem pautas importantes.

ImagemInstitucional,CoberturaMídia,Desgaste, A troca de farpas entre figuras tão centrais para o Congresso repercute negativamente na imagem institucional da Câmara. Comentários sobre “esculhambação” reforçam junto à opinião pública a ideia de desorganização e descompromisso com o trabalho legislativo. Em um momento em que pesquisas já apontam alta rejeição à atuação do Parlamento, episódios desse tipo tornam ainda mais difícil recuperar a confiança da população.

CenárioFuturo,SucessãoMesa,PoderInterno, A forma como o embate entre Lira, Motta e outros atores será administrada nos próximos meses influenciará a correlação de forças em futuras disputas pela Mesa Diretora. Se o atual presidente conseguir reorganizar a pauta e entregar resultados concretos, poderá reduzir o peso das críticas. Caso contrário, cresce o risco de um movimento gradual de esvaziamento, com lideranças buscando alternativas de comando ou pressionando por mudanças mais profundas na forma de conduzir a Casa.

FONTE: Análises sobre a gestão de Hugo Motta e declarações de Arthur Lira, em veículos como CNN Brasil e Agência Brasil.


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