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Lula critica derrubada de vetos ao licenciamento ambiental e alerta: “quem perde é o agronegócio”

 
Presidente vê risco de boicotes internacionais e desgaste da imagem do Brasil após derrota no Congresso

Hugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophoto

Lula,LicenciamentoAmbiental,VetosDerrubados,Críticas, Após o Congresso derrubar vetos presidenciais e flexibilizar pontos da legislação de licenciamento ambiental, Lula endureceu o discurso e afirmou que “quem perde é o agronegócio”, ao lado da sociedade brasileira como um todo. Para o presidente, as mudanças aprovadas enfraquecem salvaguardas que ajudavam a evitar desmatamento ilegal, poluição e conflitos socioambientais, abrindo espaço para críticas internacionais e para a imagem de que o país estaria afrouxando a proteção ambiental.

AgroExportador,Boicotes,BarreirasVerdes, Lula ressaltou que os principais mercados compradores de produtos brasileiros, especialmente na Europa, vêm elevando exigências ambientais e sociais, inclusive com ameaças de boicote e criação de barreiras verdes a produtos associados a desmatamento. Na visão dele, qualquer sinal de retrocesso regulatório pode se transformar em munição para campanhas contra o agro nacional, prejudicando exatamente os produtores que investem em regularização e certificações. “É um tiro no pé de quem depende da exportação”, resumiu.

BancadaRuralista,Congresso,VitóriaDeRisco, A bancada ruralista comemorou a derrubada dos vetos como vitória para destravar obras e empreendimentos, argumentando que o licenciamento se tornara lento, caro e excessivamente burocrático. Parlamentares alinhados ao setor afirmam que a nova legislação dá mais previsibilidade e reduz custos. O Planalto, porém, enxerga o movimento como ganho de curto prazo com risco elevado no médio e longo prazo, principalmente no relacionamento com parceiros comerciais e investidores preocupados com critérios ESG.

ImagemInternacional,Brasil,Amazônia,Clima, O presidente lembrou que o Brasil vem tentando se reposicionar como protagonista da agenda climática, exibindo queda no desmatamento na Amazônia e assumindo compromissos em fóruns como a COP e o G20. Medidas internas que passem a impressão de flexibilização descontrolada tendem a contradizer esse esforço, diminuindo o poder de barganha do país em negociações de acordos comerciais e de financiamento verde. Para Lula, manter coerência entre discurso e prática é crucial para preservar credibilidade.

Ambientalistas,ONGs,Retrocesso,Alerta, Organizações ambientalistas, movimentos indígenas e ONGs de direitos humanos classificaram a derrubada dos vetos como sério retrocesso. Eles alertam que licenciamento frouxo aumentará a possibilidade de desastres, conflitos em terras tradicionais e danos a ecossistemas frágeis. A experiência de tragédias passadas é citada como prova de que reduzir filtros técnicos e participação social em análises de grandes empreendimentos abre caminho para tragédias de efeito prolongado.

Governo,EstratégiaMitigação,Regulamentação, Diante da derrota, o governo discute como mitigar efeitos da nova legislação, com a edição de normas infralegais que detalhem exigências, reforço de órgãos de fiscalização como Ibama e ICMBio e eventual questionamento de dispositivos considerados inconstitucionais. A ideia é evitar que a leitura mais permissiva abra season de licenças concedidas sem estudos adequados. Lula também aposta na pressão de mercados externos para desincentivar práticas ambientais arriscadas.

MercadoFinanceiro,InvestimentosVerdes,RiscoPaís, Analistas de mercado lembram que investidores institucionais e fundos de pensão têm incorporado critérios ambientais em suas decisões, o que inclui o escrutínio sobre leis e políticas de países onde investem. Mudanças vistas como fragilização de salvaguardas podem aumentar a percepção de risco, encarecer empréstimos e afastar capital destinado a projetos sustentáveis. O debate sobre licenciamento passa, portanto, a influenciar não apenas exportações, mas também custos de financiamento.

DisputaNarrativa,Rumo2026,AgronegócioXMeioAmbiente, A derrubada dos vetos e a reação de Lula alimentam a disputa narrativa que marcará o caminho até 2026. De um lado, o presidente tenta convencer produtores de que proteção ambiental é aliada da competitividade do agro; de outro, parte do Congresso acusa o governo de travar desenvolvimento em nome de uma “agenda verde ideológica”. A resposta do mercado internacional às mudanças legislativas ajudará a definir qual discurso encontrará mais respaldo junto à opinião pública e ao próprio setor rural.

FONTES: Reportagens políticas e ambientais sobre a derrubada de vetos ao licenciamento, falas de Lula e análises de organizações do agronegócio, de ambientalistas e de analistas de mercado.correiobraziliense


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