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CCJ Câmara rejeita salvação de Zambelli e pavimenta cassação

 

Relatório derrubado por 35 a 18 votos reacende crise na extrema-direita
Presa na Itália, Carla Zambelli participa remotamente de reunião da CCJ da Câmara que discute a sua cassação — Foto: Kevin Lima/g1

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A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara derrubou o parecer que inocentava a deputada Carla Zambelli (PL‑SP) em processo que pode levar à perda de mandato, em uma sessão marcada por tensão e discurso acalorado dos dois lados. O relatório rejeitado tratava de acusações ligadas à atuação da parlamentar durante o período eleitoral, incluindo disseminação de desinformação e condutas consideradas incompatíveis com o decoro parlamentar. Com a decisão, o processo segue para deliberação em outras instâncias da Casa, e a possibilidade de cassação passa a ser tratada como cenário concreto por líderes partidários.

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Zambelli, uma das figuras mais estridentes do bolsonarismo, viu sua base de apoio encolher na própria direita, à medida que partidos do Centrão optaram por se distanciar do caso. A movimentação é lida como tentativa de reduzir desgaste junto à opinião pública, em meio ao aumento da rejeição ao Congresso detectado por pesquisas recentes. Deputados próximos avaliam que, mesmo que consiga reverter o quadro em plenário, a parlamentar sai politicamente enfraquecida. A cena de aliados silenciosos durante a votação reforçou a percepção de isolamento progressivo da deputada.

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A votação que derrubou o relatório ocorreu após horas de debates em torno da responsabilidade de parlamentares na difusão de conteúdos enganosos em redes sociais. Integrantes de partidos de centro e centro‑direita decidiram acompanhar a orientação de siglas mais críticas a Zambelli, alegando que a manutenção do parecer significaria leniência com práticas que prejudicam o processo eleitoral. A derrota foi considerada expressiva, não apenas pelos números, mas pelo simbolismo de ver antigos aliados se alinharam à crítica.

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O processo contra Zambelli está ancorado em representações que apontam violações ao decoro e ao dever de lealdade às instituições democráticas, com base em episódios registrados durante as eleições de 2022. Entre os pontos citados, constam publicações em redes sociais e atitudes consideradas ofensivas a adversários e órgãos de Justiça. Especialistas em direito eleitoral destacam que o caso integra um movimento mais amplo de responsabilização de políticos pela produção e amplificação de notícias falsas, fenômeno que ganhou relevo nos últimos pleitos nacionais.

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Em reação, a defesa de Zambelli acenou com a possibilidade de recorrer à própria CCJ e, posteriormente, ao plenário, além de questionar a tramitação no Supremo Tribunal Federal. A parlamentar mantém o discurso de perseguição política, afirmando que é alvo por sua proximidade com o ex‑presidente Jair Bolsonaro. A estratégia dialoga com a base mais radicalizada, mas encontra pouca receptividade em setores moderados da Casa. Dirigentes partidários avaliam, em reservado, que a narrativa da perseguição já não tem o mesmo efeito de anos anteriores.

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A posição assumida por partidos do Centrão é vista como termômetro do ambiente político pós‑2022, em que o cálculo eleitoral passa a pesar mais que a fidelidade a figuras personalistas. Líderes de legendas de centro buscam reduzir a associação direta com casos de alta rejeição social, especialmente em temas ligados a ataques às urnas e ao sistema eleitoral. Analistas apontam que esse reposicionamento pode ter impacto direto nas alianças de 2026, esvaziando o espaço para candidaturas sustentadas apenas por discurso de confronto institucional.

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O caso de Zambelli se soma a outros episódios que colocam em xeque a imagem do Legislativo, em meio a um ambiente de crescente desconfiança em relação ao Congresso. Pesquisas recentes indicam parcela expressiva da população avaliando o desempenho dos parlamentares como ruim ou péssimo, o que pressiona a Casa a dar respostas mais visíveis em termos de responsabilização. A decisão da CCJ, nesse contexto, é apresentada por aliados do governo como sinal de que a Câmara está disposta a enfrentar excessos cometidos por seus membros.

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A partir da rejeição do relatório, o processo segue para novas etapas, que podem culminar em análise no plenário, onde a correlação de forças é mais imprevisível. Parlamentares de oposição e situação reconhecem que a votação final tende a ser fortemente influenciada pela pressão das ruas e pela repercussão nas redes. Mesmo sem data definida, a discussão sobre o futuro do mandato de Zambelli já entra na lista de temas prioritários para 2026. O desfecho, qualquer que seja, deve servir de baliza para outros casos de conduta parlamentar na era das redes sociais.

FONTE: Câmara dos Deputados, com informações oficiais da CCJ e cobertura jornalística especializada disponíveis aqui e aqui.



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