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“Querem que o 8/1 caia no esquecimento”, diz Lula em ofensiva contra o PL da Dosimetria


Presidente acusa Congresso de tentar “passar a borracha” nas penas dos golpistas e convoca sociedade a pressionar o Senado


Imagem: Reprodução


Lula,PLDosimetria,8DeJaneiro,Esquecimento, Em meio à tramitação do PL da Dosimetria no Senado, Lula elevou o tom e acusou setores do Congresso de quererem que os atos golpistas de 8 de janeiro “caiam no esquecimento”. Em discurso a movimentos sociais e em entrevistas recentes, o presidente afirmou que a proposta de reduzir penas de condenados pela tentativa de golpe é uma forma de “passar pano” para quem atacou as sedes dos Três Poderes, e alertou que a democracia corre risco sempre que se normaliza a impunidade de golpistas.

MemóriaDemocrática,ComparaçõesHistóricas, Lula evocou episódios da história brasileira em que golpes e conspirações ficaram sem punição efetiva, lembrando a ditadura militar e a anistia ampla que blindou torturadores. Segundo ele, quando o país escolhe esquecer, abre espaço para que o passado de autoritarismo se repita sob novas formas. O presidente insiste que o 8/1 deve ser tratado como “lição permanente”, com preservação de imagens, documentos e responsabilização exemplar de líderes e executores, para que a sociedade compreenda a gravidade do que ocorreu.

CríticaCongresso,AnistiaDisfarçada,Golpismo, Ao falar do PL da Dosimetria, Lula classificou o projeto como “anistia disfarçada”, ecoando críticas de juristas e entidades de direitos humanos. Ele argumenta que, ao mudar regras gerais de cálculo de pena, o Congresso pretende aliviar a situação de Jair Bolsonaro e de outros condenados ligados à tentativa de golpe. Para o Planalto, essa movimentação sinaliza que ainda há, dentro do Parlamento, forte presença de setores que não aceitam o resultado das urnas e buscam, por vias indiretas, proteger quem atacou a democracia.

PressãoPopular,RedesSociais,Movimentos, Diante da possibilidade de aprovação do projeto, Lula tem utilizado discursos e a própria estrutura de comunicação do governo para estimular pressão popular sobre senadores. Movimentos sociais, centrais sindicais e coletivos democráticos intensificaram campanhas nas redes e nas ruas contra o PL, com hashtags e manifestações em frente ao Congresso. A estratégia busca transformar a votação em teste público sobre quem está ao lado da punição aos golpistas e quem tenta aliviar suas penas.

PesquisaOpinião,RejeiçãoMaioria,Argumento, O presidente se apoia em dados como os da Genial/Quaest, que apontam 47% dos brasileiros contra o PL da Dosimetria, para argumentar que o Congresso não tem “licença social” para aprovar o abrandamento das penas. Ele cita também o fato de que 58% dos entrevistados acreditam que o projeto foi feito para beneficiar especificamente Bolsonaro, o que reforça a percepção de casuísmo. Esses números são usados pelo Planalto para reforçar o discurso de que a sociedade rejeita saídas que pareçam sob medida para o ex-presidente.

RelaçãoComSTF,ProteçãoInstituições, Lula tem reiterado elogios ao STF pela condução dos processos da trama golpista e pelo esforço para responsabilizar militares, políticos e civis envolvidos. Ao atacar o PL, ele sugere que o Congresso tenta reverter, por via legislativa, o rigor das decisões da Corte. O presidente reforça que a harmonia entre poderes não significa concordância automática, e que defender o Judiciário de ataques e manobras que esvaziem suas decisões é parte da defesa da democracia.

DisputaNarrativa,VitimismoBolsonarista, O debate em torno do 8/1 e do PL da Dosimetria também é, para Lula, uma batalha de narrativas. Enquanto o bolsonarismo tenta pintar condenados como vítimas de “perseguição” e o STF como “tribunal político”, o presidente trabalha para consolidar a imagem de que houve plano de golpe e que punição é instrumento de proteção da sociedade. Ao dizer que querem que o ataque caia no esquecimento, ele mira diretamente na tentativa da extrema direita de reescrever os fatos a seu favor.

2026NoHorizonte,MemóriaComoAgenda, Com a eleição se aproximando, Lula indica que manter viva a memória do 8 de janeiro será parte central de sua campanha. A ideia é apresentar o pleito de 2026 não apenas como disputa de projetos econômicos, mas como escolha entre consolidar a democracia ou abrir espaço para novas aventuras autoritárias. Nessa narrativa, o PL da Dosimetria vira símbolo do esforço de parte da elite política em acomodar o golpismo, enquanto o Planalto se coloca como fiador da responsabilização.

FONTES: Brasil 247, CNN Brasil e análise da pesquisa Genial/Quaest sobre o PL da Dosimetria e a rejeição da sociedade à redução de penas dos golpistas.brasil247


 

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